quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SAUDADES DE UM TEMPO....

O FERRO MOVIDO A CARVÃO... SAUDADES DE UM TEMPO

Por : João Ricardo Ferreira de França.

   Nos anos oitentas eu costumava passar minhas férias escolares na casa de minha vó [ que pela graça de Deus ainda continua entre nós], lá era um misto entre a modernidade que estava chegando e o antigo tempo que ficara para trás! Lá tinha queles fogões de barro onde a comida era feita. O banheiro da casa tinha [ e ainda tem ] aquele bucaraco no chão feito de cimento - em lugar de um vaso santário - casa de gente pobre!

A casa de minha vó até hoje é muito acolhedora. O piso era feito de madeira, as madeiras com tempo foram soltando, o telhado era de telha inglesa, a noite quando faltava energina se ligava a lamparina com querosene! Se armava redes de dormir [ era horrível pra mim, pois, nunca gostei de dormir em rede].

Em toda a casa tinha um objeto que me chamava a atenção. Era um ferro de passar roupas bem antigo. Sempre curioso ficava observando, pois, havia um outro ferro de passar roupas de uma marca famosa na época Black & Decker [ acho que é assim que se escreve]. Toda vez que minha vó desejava passar roupas usava o (B&D) e, eu bem jovem curiando. Até que um dia minha tia veio pegar o ferro (B&D) para passar as suas roupas, minha vó - uma paraíbana das brabas - disse que não, minha tinha olhou para ela tão choromingando que Vovó deixou.

Mas a noite minha vó precisava passar roupas. E o ferro não tinha voltado ainda. Ela foi até o local onde estava aquele ferro antigo, o colocou sob a mesa de passar. Foi até a cozinha pegou carvão e ateou fogo, para torná-los em brasa viva, com uma tenaz colocou as pedras de carvão em um local no ferro que ficava perto do puxador, o ferro ficara quente, ela começou a passar roupa! 

Mas derepente eu vi minha vó chorando. Aquilo me pertubou e muito! Perguntei da maneira mas constragida possivel: - Mamãe [ é assim que chamo minha vó ] por que a senhor tá chorando? Ela respondeu:  - Rico [ É asssim que sou chamado na minha família por parte de minha mãe ] esse ferro movido a carvão pertenceu a minha mãe, que era lavadeira como eu, mas no dia que decidi sair de casa, ela tomou esse ferro e me deu para que eu nao andasse com roupas amarrotadas, e disse que quando, eu voltasse para minha terra levasse-o de volta para devolver a ela! Aquilo me deixou chocado, era por isso, que ela não usava o ferro porque estava guardando-o para entregar a sua mãe. Ela tinha o desejo de cumprir a promessa. E quando conseguiu voltar a sua terra [ a passeio para rever os parentes ] levou timidamente o ferro, mas a sua mãe nao estava mais para receber. Apenas o seu pai ainda era vivo e seus irmaos.

Pessoalmente sinto falta daquele ferro de movido a carvão, porque ele me fez perceber que a menor promessa pode encontrar-se em objetos aparentemente insignificante para as pessoas.

O que eu vi da vida ?
Vi  que  as vezes  não conseguirmos cumprir as simples promessas que fazemos

terça-feira, 9 de outubro de 2012

EU VI A FOME!

EU VI A FOME!
Por. João Ricardo Ferreira de França.

Poucas pessoas pensam de barriga cheia, a maioria pensa de barriga vazia! Esta é a pura verdade, se as pessoas parassem para observar os grandes centros de mendigos, notariam que eles lutam pela sobrevivência. Lembro-me que na minha infância, meu pai estava desempregado, minha mãe lavava roupa para fora, e asssim, sustentar a família.

Curioso, era o fato de que todas as sextas-feiras íamos de carona para a CEASA, eu e meus irmãos tudo para catar verduras [legumes] estragada para fazer sopa, colocar no feijão! Quem diria? Os pobres dependendo da bondade da mendiguiçe pra viver! Eu chega ficava contente quando chegava em casa e a minha sacolinha de nylon estava cheia de pedaços de legumes, sentávamos todos com uma faca na mão para cortar a parte podre, e assim, conseguirmos cozinhar e comer a parte boa.

Tivemos uma ideia outro dia. A grande ideia de irmos ao lixão! Vejam que coisa! Ir ao lixão chegando lá, nos meus 14 anos vi, muita criançada bricando, jogando bola, muitas crianças, muitos adultos - mas nós só estavámos ali para pegar coisas usadas [objetos] para vender e levar o dinheiro para ajudar a minha mãe; mas vi uma cena muito triste, uma família reunida pegando resto de comida do lixão! Ficamos pasmos eu eu meus dois irmãos! Não é possivel, eles não examinavam a comida, simplesmente levavam ao estomago, foi a primeira vez que soube de fato o que era a fome! Aquilo sim mostrava pra mim e para os meus irmãos o que é passar fome!

Queridos ver a fome de perto me assustou, deixou-me pensativo e reflexivo sobre como nós desprezamos aqueles que estendem a mão para pedir o pão! Que pena! Nós em troca lhe damos a indiferença!

Isso foi o que vi da vida, e aprendi com ela
socorrer ao carece  é tirar da visão  a fome.

terça-feira, 17 de abril de 2012

EU PENSEI

Eu pensei....
Que fosse pra sempre,
Mas não foi.
Que você iria me condzuir,
Mas encontro-me perdido.
Que seu sorriso seria de felecidade,
Mas notei nele o ar da insegurança....
Que tivesse amigos,
Mas não tenho,
Tenho? Colegas não são amigos...
Que um dia seria amado por você e não fui;
Que esta noite passaria,
Mas o sol desponta em claro, e
Eu continuo acordado atormentado
Pela solidão....
Que nunca iria me apaixonar,
Mas me enganei,
Será que vou te esquecer?
Eu não sei...

O poeta,
João Ricardo Ferreira de de França.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

MEU RESGATADOR (GRUPO LÓGOS)

Este sentimento de estar preso
E não poder sair…
Angústia de querer alguma coisa
Sem conseguir.
Este medo
De perder, de ser vencido
E até ser esquecido.
Tantas coisas que hoje querem me abater.
Você acha que chegou o fim da linha
E caminha, mas tropeça logo e cai.
E seus dias
São de guerra e pouca trégua …
Até quando isto vai continuar?
Este sentimento de estar preso
E não poder sair…
Angústia de querer alguma coisa
Sem conseguir.
Este medo
De perder, de ser vencido
E até ser esquecido.
Tantas coisas que hoje querem me abater.
Você acha que chegou o fim da linha
E caminha, mas tropeça logo e cai.
Até quando?
Este sentimento de estar preso
E não poder sair …
Angústia de querer alguma coisa
Sem conseguir.
E seus dias
São de guerra e pouca trégua…
Até quando isto vai continuar?
Um dia todos nós estamos na fogueira.
Por razões diversas
E de cada um.
Não há força, nem resposta.
Não há nada!
Ninguém por nós!
Mas, sem demora, eu sinto em meio aquela chama …
Alguém que me ama está comigo, agora ali
Acampado, como fora prometido …
Meu Jesus,
Meu amo, meu resgatador.
Mas, sem demora, eu sinto em meio aquela chama …
Alguém que me ama está comigo, agora ali
Acampado, como fora prometido …
Meu Jesus,
Meu amo, meu resgatador.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O que vi da Vida

Vi muita coisa que nem gosto de lembrar, mas que é preciso sempre recordar, vi sonhos sendo desfeitos, vi vidas sendo destruídas pelas drogas, pelo ciúmes, por falta de fé em Deus, por falta de obediência a Deus. Também vi muitas alegrias, vi momentos em que o simples sorriso pode acalmar um leão! Em que uma lágrima tornou-se a flecha certa para atingir um coração. Vi a morte, vi a vida, olhei pra a Cruz de Cristo e vi ali grandes esperanças. Vi a falta de amor, a falta de perdão, mas também vi a necessidade de amarmos uns aos outros de modo único e singular.